Gestão de senhas: 9 melhores práticas para empresas

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As ameaças cibernéticas são uma preocupação cada vez maior para gestores de empresas de todos os portes. A dor de cabeça, de fato, é justificada: mais do que nunca, temos observado uma constante evolução no volume de ocorrências e na sofisticação dos ataques. Mas você sabia que muitos desses problemas acontecem pela simples falta de gestão de senhas dos usuários que utilizam os variados aplicativos e sistemas corporativos?

Entre outras medidas fundamentais de segurança – tais como o backup de dados e o uso de antivírus eficazes -, o gerenciamento de passwords é uma etapa indispensável para evitar a invasão em redes e contas específicas.  

Para te ajudar, listamos as 9 melhores práticas de gestão de senhas e outras orientações importantes para negócios. Vamos lá? 

Gestão de senhas: por que as empresas precisam priorizar? 

gestao de senhas
Créditos: yanalya 

Como mencionamos, grande parte das violações de hackers na rede e nos sistemas empresariais ocorre devido a comportamento humano inadequado, incluindo senhas consideradas fracas. 

Nesse cenário, mesmo que haja uma política de acessos eficaz – que define quais colaboradores podem acessar determinados arquivos com base na sua criticidade -, a correta gestão de logins faz toda a diferença para a proteção do ambiente corporativo. 

Vale lembrar, aqui, que o gerenciamento de senhas tende a ser um grande desafio para os negócios. Trata-se, afinal, de um imenso volume de acessos a diferentes serviços, portais e sistemas no dia a dia de trabalho. 

Por esse motivo, é preciso lançar mão de uma estratégia para centralizar e gerir múltiplas contas de maneira organizada e segura. É aí que se faz necessária a criação de uma política de senhas, que reúne as regras a serem seguidas por todos os usuários, incluindo o correto monitoramento dos acessos. 

De que forma as senhas podem ser descobertas e exploradas? 

A fragilidade das senhas corporativas é uma porta de entrada para a ação dos cibercriminosos, que têm investido em táticas diversas e avançadas para roubar essas credenciais valiosas. 

E-mails falsos, golpes de phishing, estratégias de engenharia social, automações de tentativa e erro… muitas são as abordagens que justificam a implementação de uma boa gestão de senhas. 

Confira as principais formas de ações dos hackers para identificar e explorar senhas empresariais fracas: 

  • navegação em sites falsos pelos funcionários, que acabam informando dados de acesso por acreditarem se tratar de endereços legítimos;
  • captura de senhas durante uso da internet, muitas vezes com o uso de redes privadas inseguras ou redes públicas;
  • uso de computador infectado por vírus, o que permite o roubo das credenciais de acesso;
  • acesso do arquivo no qual a senha está armazenada (principalmente se ela está em arquivo simples no computador, em papel ou sem a proteção de criptografia); 
  • uso de táticas de engenharia social, que persuadem o usuário a fornecer suas credenciais voluntariamente, enganando-o sobre os reais objetivos do acesso;
  • uso de ferramentas hacker de força bruta, que são um conjunto de robôs que apostam em tentativas de adivinhação para descobrir senhas (para tanto, são utilizadas as combinações e variações mais comuns); 
  • observação da movimentação do usuário no uso do teclado e do mouse, visando identificar as combinações de caracteres utilizadas.  

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9 boas práticas de gestão de senhas para os negócios 

1. Antes de tudo, nada de senhas óbvias

Para começar, esqueça aquelas opções mais óbvias e fáceis de serem descobertas. Isso inclui nomes próprios, nomes de familiares, melhores amigos e até de animais de estimação, além de datas de nascimento. 

Com redes sociais e tantas informações abertas e disponíveis na web, os cibercriminosos têm muito mais facilidade para identificar dados relacionados aos usuários e decodificar credenciais de acesso (inclusive via tentativa e erro, como conferimos no último tópico). 

Da mesma forma, datas de aniversário, placas de carro e caracteres sequenciados do teclado –  como “fghjk”, “zxcvb” e “1234” – são extremamente evidentes e comprometem a proteção. 

Vale ressaltar que o alerta também se estende às perguntas de segurança para resgatar a senha em casos de esquecimento. Se o usuário escolhe uma pergunta cuja resposta é conhecida ou dedutível por outras pessoas, a senha se torna igualmente fraca. 

2. Demande a criação de senhas fortes 

Quando o assunto é a gestão de senhas nas empresas, a conscientização acerca da criação de combinações fortes para as credenciais é mandatória! 

Para criar senhas fortes, a regra básica é misturar diferentes tipos de caracteres. Quanto mais variada, melhor! Use números, letras, maiúsculas, minúsculas e caracteres especiais como &$%#@.

A extensão da senha também é importante: quanto maior a sequência, mais difícil será sua detecção. O ideal é utilizar no mínimo 8 caracteres, além de evitar repetições. 

Vale lembrar que existem sites que permitem testar a força da senha, exibindo classificações como “muito fraca”, “fraca”, “forte” e “muito forte”. Isso ajuda a analisar sua escolha e garantir a eficiência contra os acessos indevidos.

? DICA EXTRA: para facilitar a memorização das passwords sem pecar na força das mesmas, um truque interessante é criar uma frase (não óbvia) que faça sentido para você e da qual você possa se lembrar. 

A partir daí, utilize a primeira letra de cada palavra da frase, misturando-as a números e caracteres especiais. 

3. Contas diferentes, senhas diferentes 

Em busca de agilidade e facilidade de memorização, muitos usuários cometem o grande erro de utilizar as mesmas senhas para contas e serviços distintos. Outros ainda apostam em sequências parecidas ou alteram somente a variação final, trocando um número ou letra. 

Esse costume deve ser abolido! Além de cuidar para que os usuários diferenciem as credenciais das suas contas pessoais e profissionais, é importante investir em senhas fortes distintas para cada conta de acesso/tipo de serviço. 

Caso contrário, diante de uma possível invasão, um “efeito dominó” pode ser desencadeado, isto é, diversos acessos de um mesmo usuário serão descobertos e afetados. 

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4. Não ao compartilhamento de senhas 

Embora pareça um cuidado óbvio, acredite: muitas pessoas ainda compartilham ou “emprestam” suas senhas. Nem é preciso enfatizar os riscos de tal prática, certo? 

Nesse sentido, a política de gestão de senhas da empresa deve reforçar que as credenciais de acesso são pessoais, secretas e intransferíveis. 

Com a precaução, os próprios usuários se resguardam, tendo em vista que eliminam as chances de que determinadas operações sejam atribuídas a eles de forma fraudulenta por terceiros. 

5. Exija a troca periódica de senhas 

De tempos em tempos, é importante trocar as senhas. Não há uma regra específica quanto à periodicidade, que não deve ser tão curta como de mês em mês, mas não pode chegar a anos de uso da mesma sequência. 

Por outro lado, a troca é primordial em casos de invasão da rede corporativa ou mesmo se houver desconfiança acerca de uma possível detecção das credenciais por outrem.  

Nesse contexto, o monitoramento das senhas corporativas é de grande ajuda – existem diversas tecnologias que podem apoiar os gestores nesse ponto, em especial quando o número de usuários e acessos é bastante alto. 

6. Aposte em gerenciadores de senhas 

Por falar no apoio da tecnologia, contar com o apoio de sistemas de gestão de senhas é extremamente aconselhado no meio corporativo. 

Com a diversidade crescente de contas e senhas no ambiente de trabalho (o que é potencializado quanto maior for o número de colaboradores), a memorização, o armazenamento e a gestão dessas credenciais se tornam cada vez mais trabalhosos. 

Nesse caso, é possível contar com a ajuda de ferramentas gerenciadoras, que armazenam essas informações criptografadas de maneira segura e facilitam o monitoramento de acessos. 

A grande preocupação, aqui, deve ser resguardar a proteção da senha mestra, que fornece acesso ao aplicativo e a todas as demais senhas nele armazenadas. 

Vale lembrar, ainda, que existem tecnologias – a exemplo o Azure AD Premium – que realizam a integração dos logins de softwares para reduzir a quantidade de identidades que um usuário pode ter. Dessa forma, é possível logar em aplicações como Windows, Office 365, e-mail, CRM e outras a partir do mesmo usuário. 

7. Implemente um sistema de bloqueio de contas 

Para evitar prejuízos e acessos indevidos em caso de possíveis problemas, uma medida preventiva importante é implementar o bloqueio de contas. 

O recurso pode entrar em cena, por exemplo, se um cliente ou pessoa não autorizada tentar acessar o sistema da empresa com o login de um funcionário. O mesmo vale para as situações em que um dispositivo corporativo for roubado. 

Na prática, diante de uma tentativa de acesso indevida, a entrada é imediatamente bloqueada para evitar a invasão de terceiros. Para aumentar a proteção, o bloqueio também deve ser ativado após um certo número de tentativas frustradas. 

Com o uso desse tipo de ferramenta, a TI é notificada em caso de tentativas falhas e ocorrências de bloqueios, tornando-se apta a tomar as atitudes necessárias. 

8. Cuidados extras de login 

A equipe deve ser instruída a não marcar as opções de lembrete de senha ou de “continuar conectado”. Isso é especialmente importante para o uso de computadores de terceiros, uma vez que as senhas podem ficar armazenadas nesses dispositivos e serem resgatadas por outros usuários. 

Outro cuidado é sempre realizar o log out” do serviço ou sistema no momento de finalizar a sessão. 

Embora simples, essas medidas podem contribuir muito para aumentar a segurança de contas e aplicações empresariais. 

9. Conscientize a equipe para uma gestão de senhas eficaz 

O sucesso de todas as boas práticas acima depende desta medida crucial: o treinamento e a conscientização dos funcionários acerca da sua importância. 

Esse trabalho, vale destacar, pode ser realizado tanto coletiva quanto individualmente, com o apoio de webinars, workshops ou palestras. O treinamento deve contemplar todos os riscos de cibersegurança envolvidos no uso de senhas e na relevância dos cuidados diários para manter a proteção das informações. 

De forma didática, compartilhe todos os pontos da política de senhas da empresa com o time, enfatizando o papel da colaboração de todos para a criação de um ambiente corporativo seguro. 

Conclusão 

As falhas humanas e os deslizes de funcionários ainda são responsáveis por uma parcela impressionante dos riscos de cibersegurança e da ação criminosa nos negócios. Nesse cenário, a gestão de senhas se insere como uma etapa crucial a ser observada de perto pelos gestores – e deve incluir a política de segurança da informação global da organização. 

E aí, gostou das nossas dicas? Esperamos que este conteúdo seja útil para implementar melhorias nas ações de proteção de dados da sua empresa. Até a próxima! 

 

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