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Gestão de backup: como fazer e garantir a eficácia do processo?

Tempo de leitura: 17 minutos

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Em meio a tantas inovações e novidades no universo da cibersegurança, falar em backup de dados pode parecer até mesmo redundante e ultrapassado. No entanto, isso não poderia estar mais longe da verdade! Na prática, muitas empresas ainda conduzem processos falhos, confundindo o simples armazenamento de cópias com a adequada gestão de backup. 

Mas afinal, o que caracteriza uma gestão eficiente nesse sentido? A essa altura, não é demais lembrar que o backup consiste em criar e armazenar cópias de segurança das informações, garantindo que, em caso de desastres, sua empresa seja capaz de recuperar esse conteúdo com integridade e restabelecer seus serviços. 

Ter esses bons resultados, porém, exige planejamento, monitoramento e estratégia de acordo com as necessidades específicas da empresa. A seguir, esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto e saiba como gerenciar corretamente seu backup corporativo!

Eficácia garantida: a importância da gestão de backup corporativo

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Créditos: FLY:D on Unsplash

Atualmente, com a disseminação do backup em nuvem e a possibilidade de programar as rotinas de backup, a automação do processo nunca esteve tão em alta. Se a tecnologia eliminou muitos erros humanos e aumentou a precisão, na prática isso não dispensa o acompanhamento estratégico de profissionais capacitados, ou seja, a correta gestão

Isso porque a segurança do backup – que permitirá que ele entregue os resultados desejados em casos de ciberataques, falhas técnicas e até desastres naturais, como incêndios e enchentes – depende diretamente de um plano ou política que estabeleça as melhores práticas para o procedimento e sua periódica revisão. 

Nesse sentido, a gestão de backup corporativo é essencial para de fato disponibilizar a restauração de dados íntegros quando necessário, assegurando uma série de benefícios para a organização. Confira:

  • garantir que o backup programado está sendo realizado na frequência adequada (completo, diferencial ou incremental);
  • garantir a integridade dos dados nas cópias de segurança; 
  • garantir o correto armazenamento das cópias, seja em mídias físicas ou na nuvem;
  • realização de testes contínuos de verificação dos dados que são copiados e armazenados, identificando e corrigindo erros; 
  • geração de relatórios diários e da correta documentação dos mesmos, incluindo problemas e dados salvos;
  • a depender das informações em questão, promover o atendimento e o alinhamento a normas regulatórias, a exemplo da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. 

Nesse cenário, percebemos que o papel da gestão de backup (e o consequente monitoramento) é contínuo e visa garantir a eficácia do procedimento. É comum, por exemplo, que uma empresa configure suas rotinas de backup e deixe que o processo “funcione por si só”. 

A partir daí, diante de um incidente de segurança (como um ataque hacker altamente destrutivo), erros alarmantes podem ser verificados no momento da recuperação: é possível que uma categoria de dados de um determinado período não tenha sido contemplada, ou que falhas no ajuste da periodicidade tenham ocasionado perdas. 

Isso tudo, é claro, porque o gerenciamento adequado não foi aplicado na prática. 

Vale reforçar, aqui, que a gestão de backup entra em cena para detectar possíveis problemas e reduzir as falhas a índices quase nulos, assegurando a eficácia e a sintonia da estratégia com as demandas do negócio. 

Afinal, qual o melhor tipo de backup? 

Antes de passarmos para as dicas, vale a pena esclarecer essa dúvida comum. Pois bem: para o backup, não existe “receita de bolo”. Cada cenário corporativo deve ser analisado para a implementação da estratégia mais coerente. Um conceito conhecido como a regra “3-2-1” diz que:

  • mantenha três cópias dos seus dados;
  • armazene-as em dois tipos de mídia;
  • direcione uma das cópias para armazenamento em um local remoto.

Nesse sentido, considere que o ideal é que o backup tenha mais de uma cópia e que pelo menos uma delas esteja fora da empresa. Ninguém espera um desastre físico, mas pode acontecer e é necessário estar seguro!

Ao pensar em backup, o ideal é que, além da proteção dos dados em si, a empresa tenha o cuidado de resguardar e realizar uma cópia de segurança também dos serviços críticos da empresa. Dessa forma, em caso de desastres, será possível restabelecer os serviços no menor tempo possível, minimizando ao máximo os impactos financeiros e de disponibilidade. 

Diante desse contexto, um backup de serviços e dados em nuvem permite recuperar rapidamente seu ambiente para execução na cloud, possibilitando o acesso às informações de qualquer dispositivo conectado à internet.

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Como fazer a gestão de backup no seu negócio? 

1. Revise (ou elabore) sua política de backup 

Na prática, a política de backup é um documento que contempla todas as etapas que mencionaremos a seguir. De vital importância para o processo, ele reúne as diretrizes para orientar o negócio nas decisões relativas ao armazenamento de dados – em outras palavras, serve como base para a gestão de backup. 

Entre as perguntas respondidas pela política – que serão cruciais para a eficiência das rotinas -, estão: 

  • quais dados serão copiados e armazenados? Qual é o seu nível de prioridade?
  • qual será a frequência de execução do backup?
  • quais equipamentos e tecnologias serão aplicados no processo?
  • quais serão as métricas para acompanhamento?  
  • quais são o RPO e o RTO adequados para a organização?
  • como serão realizados os testes de verificação? 
  • quem serão os responsáveis pela gestão e pela execução do backup? 

No que diz respeito à política de backup, vale destacar que sua elaboração deve ser uma prioridade para os negócios que ainda não contam com o documento. Aqueles que já possuem devem ter em mente que o ambiente de TI é dinâmico e passa por constantes modificações. 

Nesse sentido, a revisão periódica da política é fundamental: possíveis novas vulnerabilidades exigem agilidade de ação, e isso só pode ser conseguido se houver um reajuste constante das diretrizes para o backup

2. Analise o RPO e RTO suportados pela empresa

O grande objetivo de um gestor de TI, em casos de panes ou paralisações, é ter o menor dano possível, acionando rapidamente a recuperação dos dados necessários. 

Nesse contexto, métricas como o RTO e RPO são importantes porque permitem que a empresa planeje suas políticas de segurança baseadas em dados mais concretos. Tais indicadores, assim, garantem a precisão de tempo para resolver os problemas e evitar atrasos. Confira: 

  • RPO (Recovery Point Objective): é um método de controle para calcular ponto de retorno, ou seja, a quantidade limite de dados que uma organização toleraria perder em caso de pane ou de paralisação. Em outras palavras, o RPO mensura a margem de perda de dados que a empresa pode suportar sem impactar as operações vitais. A meta, assim, é nunca alcançar esse limite de tolerância, evitando que as rotinas de trabalho sejam comprometidas;

 

  • RTO (Recovery Time Objective): determina o tempo que a TI vai levar para restabelecer um sistema ou ambiente em caso de interrupções ou panes. Para calcular o resultado, é preciso que a organização conheça seu tempo de tolerância com a paralisação de um determinado sistema.

3. Periodicidade: defina o tipo de backup 

Definir a frequência de realização dos backups é fundamental para a gestão do processo e está diretamente relacionado à criticidade dos dados empresariais. 

Enquanto alguns deles (os mais prioritários e estratégicos para a rotina de trabalho) vão exigir uma maior periodicidade para as cópias de segurança, outros poderão ser submetidos a um backup menos regular, podendo inclusive ser armazenados localmente, em dispositivos físicos. 

Confira os diferentes tipos de backup conforme a frequência do procedimento: 

  • Backup Diferencial: de frequência diária, a modalidade tem como foco os dados e sistemas mais críticos para o negócio, que geralmente passam por atualizações constantes;

 

  • Backup Completo: é indicado para os dados e aplicações que têm modificações pouco frequentes, englobando arquivos de menor urgência ou importância. Tem periodicidade semanal ou mensal;

 

  • Backup Incremental: aqui, novos dados são adicionados a um backup completo. Por esse motivo, a modalidade incremental é ideal para arquivos que não são alterados ao longo do tempo, mas somente alimentados com novos dados, a exemplo dos bancos de imagem. 

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4. Escolha a ferramenta ideal

Escolher uma boa ferramenta de backup faz toda diferença na gestão e na agilidade do backup e do restore. No momento da escolha do melhor recurso, vale a pena ficar de olho em critérios como facilidade de gestão, uso intuitivo e segurança, oferecidas por opções como o Veeam Backup. 

5. Faça gestão de dados

Em muitos casos, os administradores fazem backup de todos os dados no ambiente de TI, mas tenha cuidado: não gerir essas informações e simplesmente enviar tudo para backup pode causar problemas, tais como o custo elevado dos backups e o impacto no desempenho do sistema. 

Nessa perspectiva, é importante manter a disponibilidade e a performance dos aplicações durante os expedientes de trabalho, assim como investir na gestão de cópias redundantes e na otimização do espaço de armazenamento necessário.

6. Determine os responsáveis pelo processo

Para promover a eficácia e a clareza acerca de todo o processo, é preciso direcionar uma pessoa responsável pelas etapas de execução, acompanhamento e gestão de backup. 

Hoje, considerando as limitações de recursos internos, tempo e expertise dos negócios, é cada vez mais frequente a opção por empresas especializadas nesse tipo de gerenciamento, o que faz toda a diferença no dia a dia da empresa

Na modalidade, conhecida como backup as a service, as empresas entregam todo o processo e sua gestão nas mãos de parceiros de confiança, que mapeiam a jornada  em uma operação 24×7 com ótimo custo-benefício e sem dores de cabeça.

7. Tenha um plano claro de recuperação dos dados

Eis outro ponto-chave de uma sólida gestão de backup: é necessário lançar mão de uma estratégia pré-definida para levantar um novo ambiente e resgatar seus dados caso precise, respeitando o RTO e RPO. 

Nesse contexto, a plataforma em nuvem, seja pública ou privada, é hoje a melhor opção para cenários de Disaster Recovery (recuperação de desastres). Tenha em mente, aqui, que o backup é um seguro dos seus dados e serviços, e não pode ser tratado com imprudência.

Com um plano em mãos, será possível definir os objetivos de recuperação de acordo com as necessidades e exigências da empresa, criando uma classificação em níveis de criticidade. Por exemplo, você pode utilizar o modelo de três níveis (que vão elencar a ordem de importância na restauração): 

  • Nível 1: sistemas de missão crítica, tais como ERP e CRM;
  • Nível 2: aplicações importantes para a manutenção do negócio, a exemplo e NFe, BI e File Server;
  • Nível 3: aplicações não críticas voltadas para a otimização do negócio, tais como GED e Intranet. 

8. Realize testes periódicos de verificação do backup

Quer você tenha optado por fazer uma gestão de backup interna ou contratado um parceiro especializado (que já inclui esse tipo de serviço), os testes periódicos para verificar a eficiência são imprescindíveis. 

Como mencionamos, nada é pior do que identificar falhas e erros no backup somente quando a recuperação de dados for necessária – e já for tarde demais. 

O objetivo dos testes, além de assegurar que os dados estão sendo corretamente copiados, é reconhecer possíveis erros e solucioná-los com rapidez. Eles incluem, ainda, fazer simulações de cenários de desastres/perdas de arquivos, testando a eficácia das tentativas de recuperação. 

Conclusão

Para assegurar uma efetiva proteção de dados, é preciso desenvolver um plano de continuidade dos negócios com políticas de testes de restore, monitorar a rotina das cópias de segurança e ter em mente que melhorias contínuas fazem parte de uma boa gestão de backup.

Precisa do apoio de especialistas para garantir a segurança na sua organização? Entre em contato conosco e conheça nossa solução de backup como serviço! 

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