Gestão de senhas: 10 melhores práticas para empresas

As ameaças cibernéticas são uma preocupação cada vez maior para gestores de empresas de todos os portes. A dor de cabeça, de fato, é justificada: mais do que nunca, temos observado uma constante evolução no volume de ocorrências e na sofisticação dos ataques. Mas você sabia que muitos desses problemas acontecem pela simples falta de gestão de senhas dos usuários que utilizam os variados aplicativos e sistemas corporativos? 

Entre outras medidas fundamentais de segurança – tais como o backup de dados e o uso de antivírus eficazes -, o gerenciamento de senhas é uma etapa indispensável para evitar a invasão em redes e contas específicas.   

Para te ajudar, listamos as 10 melhores práticas de gestão de senhas e outras orientações importantes para negócios. Vamos lá? 

Gestão de senhas: por que as empresas precisam priorizar? 

Como mencionamos, grande parte das violações de hackers na rede e nos sistemas empresariais ocorre devido a comportamento humano inadequado, incluindo senhas consideradas fracas.  

Nesse cenário, mesmo que haja uma política de acessos eficaz – que define quais colaboradores podem acessar determinados arquivos com base na sua criticidade -, a correta gestão de logins faz toda a diferença para a proteção do ambiente corporativo.  

Vale lembrar, aqui, que o gerenciamento de senhas tende a ser um grande desafio para os negócios. Trata-se, afinal, de um imenso volume de acessos a diferentes serviços, portais e sistemas no dia a dia de trabalho.  

Por esse motivo, é preciso lançar mão de uma estratégia para centralizar e gerir múltiplas contas de maneira organizada e segura. É aí que se faz necessária a criação de uma política de senhas, que reúne as regras a serem seguidas por todos os usuários, incluindo o correto monitoramento dos acessos.  

De que forma as senhas podem ser descobertas e exploradas?  

A fragilidade das senhas corporativas é uma porta de entrada para a ação dos cibercriminosos, que têm investido em táticas diversas e avançadas para roubar essas credenciais valiosas.  

E-mails falsos, golpes de phishing, estratégias de engenharia social, automações de tentativa e erro… muitas são as abordagens que justificam a implementação de uma boa gestão de senhas.  

 Confira as principais formas de ações dos hackers para identificar e explorar senhas empresariais fracas:  

  • navegação em sites falsos pelos funcionários, que acabam informando dados de acesso por acreditarem se tratar de endereços legítimos; 
  • captura de senhas durante uso da internet, muitas vezes com o uso de redes privadas inseguras ou redes públicas; 
  • uso de computador infectado por vírus, o que permite o roubo das credenciais de acesso; 
  • acesso do arquivo no qual a senha está armazenada (principalmente se ela está em arquivo simples no computador, em papel ou sem a proteção de criptografia);  
  • uso de táticas de engenharia social, que persuadem o usuário a fornecer suas credenciais voluntariamente, enganando-o sobre os reais objetivos do acesso; 
  • uso de ferramentas hacker de força bruta, que são um conjunto de robôs que apostam em tentativas de adivinhação para descobrir senhas (para tanto, são utilizadas as combinações e variações mais comuns);  
  • observação da movimentação do usuário no uso do teclado e do mouse, visando identificar as combinações de caracteres utilizadas.   

Leia também: Como desenvolver uma política de segurança da informação?

10 boas práticas de gestão de senhas para os negócios  

  1. Antes de tudo, nada de senhas óbvias

Para começar, esqueça aquelas opções mais óbvias e fáceis de serem descobertas. Isso inclui nomes próprios, nomes de familiares, melhores amigos e até de animais de estimação, além de datas de nascimento.  

Com redes sociais e tantas informações abertas e disponíveis na web, os cibercriminosos têm muito mais facilidade para identificar dados relacionados aos usuários e decodificar credenciais de acesso (inclusive via tentativa e erro, como conferimos no último tópico).  

Da mesma forma, datas de aniversário, placas de carro e caracteres sequenciados do teclado –  como “fghjk”, “zxcvb” e “1234” – são extremamente evidentes e comprometem a proteção.  

Vale ressaltar que o alerta também se estende às perguntas de segurança para resgatar a senha em casos de esquecimento. Se o usuário escolhe uma pergunta cuja resposta é conhecida ou dedutível por outras pessoas, a senha se torna igualmente fraca.  

  1. Demande a criação de senhas fortes 

Quando o assunto é a gestão de senhas nas empresas, a conscientização acerca da criação de combinações fortes para as credenciais é mandatória. 

Para criar senhas fortes, a regra básica é misturar diferentes tipos de caracteres. Quanto mais variada, melhor! Use números, letras, maiúsculas, minúsculas e caracteres especiais como &$%#@. 

A extensão da senha também é importante: quanto maior a sequência, mais difícil será sua detecção. O ideal é utilizar no mínimo 8 caracteres, além de evitar repetições.  

Vale lembrar que existem sites que permitem testar a força da senha, exibindo classificações como “muito fraca”, “fraca”, “forte” e “muito forte”. Isso ajuda a analisar sua escolha e garantir a eficiência contra os acessos indevidos. 

DICA EXTRA: para facilitar a memorização das senhas sem pecar na força das mesmas, um truque interessante é criar uma frase (não óbvia) que faça sentido para você e da qual você possa se lembrar.  

A partir daí, utilize a primeira letra de cada palavra da frase, misturando-as a números e caracteres especiais.  

  1. Contas diferentes, senhas diferentes 

Em busca de agilidade e facilidade de memorização, muitos usuários cometem o grande erro de utilizar as mesmas senhas para contas e serviços distintos. Outros ainda apostam em sequências parecidas ou alteram somente a variação final, trocando um número ou letra.  

Esse costume deve ser abolido! Além de cuidar para que os usuários diferenciem as credenciais das suas contas pessoais e profissionais, é importante investir em senhas fortes distintas para cada conta de acesso/tipo de serviço.  

Caso contrário, diante de uma possível invasão, um “efeito dominó” pode ser desencadeado, isto é, diversos acessos de um mesmo usuário serão descobertos e afetados. 

  1. Não compartilhe senhas 

Embora pareça um cuidado óbvio, acredite: muitas pessoas ainda compartilham ou “emprestam” suas senhas. Nem é preciso enfatizar os riscos de tal prática, certo?  

Nesse sentido, a política de gestão de senhas da empresa deve reforçar que as credenciais de acesso são pessoais, secretas e intransferíveis.  

Com a precaução, os próprios usuários se resguardam, tendo em vista que eliminam as chances de que determinadas operações sejam atribuídas a eles de forma fraudulenta por terceiros.  

  1. Exija a troca periódica de senhas 

De tempos em tempos, é importante trocar as senhas. Não há uma regra específica quanto à periodicidade, que não deve ser tão curta como de mês em mês, mas não pode chegar a anos de uso da mesma sequência.  

Por outro lado, a troca é primordial em casos de invasão da rede corporativa ou mesmo se houver desconfiança acerca de uma possível detecção das credenciais por outrem.   

Nesse contexto, o monitoramento de senhas corporativas é de grande ajuda – existem diversas tecnologias que podem apoiar os gestores nesse ponto, em especial quando o número de usuários e acessos é bastante alto.  

  1. Aposte em gerenciadores de senha

Por falar no apoio da tecnologia, contar com o apoio de gerenciadores de senha é extremamente aconselhado no meio corporativo.  

Com a diversidade crescente de contas e senhas no ambiente de trabalho (o que é potencializado quanto maior for o número de colaboradores), a memorização, o armazenamento e a gestão dessas credenciais se tornam cada vez mais trabalhosos.  

Nesse caso, é possível contar com a ajuda de gerenciadores de senha, que armazenam essas informações criptografadas de maneira segura e facilitam o monitoramento de acessos.  

A grande preocupação deve ser resguardar a proteção da senha mestra, que fornece acesso ao aplicativo e a todas as demais senhas nele armazenadas.  

Vale lembrar, ainda, que existem diferentes tecnologias de gerenciadores de senha – a exemplo o Azure AD Premium, que realiza a integração dos logins de softwares para reduzir a quantidade de identidades que um usuário pode ter. Dessa forma, é possível logar em aplicações como Windows, Office 365, e-mail, CRM e outras a partir do mesmo usuário.  

  1. Implemente um sistema de bloqueio de contas 

Para evitar prejuízos e acessos indevidos em caso de possíveis problemas, uma medida preventiva importante é implementar o bloqueio de contas.  

O recurso pode entrar em cena, por exemplo, se um cliente ou pessoa não autorizada tentar acessar o sistema da empresa com o login de um funcionário. O mesmo vale para as situações em que um dispositivo corporativo for roubado.  

Na prática, diante de uma tentativa de acesso indevida, a entrada é imediatamente bloqueada para evitar a invasão de terceiros. Para aumentar a proteção, o bloqueio também deve ser ativado após um certo número de tentativas frustradas.  

Com o uso desse tipo de ferramenta, a TI é notificada em caso de tentativas falhas e ocorrências de bloqueios, tornando-se apta a tomar as atitudes necessárias.  

  1. Cuidados extras de login 

A equipe deve ser instruída a não marcar as opções de lembrete de senha ou de “continuar conectado”. Isso é especialmente importante para o uso de computadores de terceiros, uma vez que as senhas podem ficar armazenadas nesses dispositivos e serem resgatadas por outros usuários.  

Outro cuidado é sempre realizar o “logout” do serviço ou sistema no momento de finalizar a sessão. Embora simples, essas medidas podem contribuir muito para aumentar a segurança de contas e aplicações empresariais.  

  1. Implemente a autenticação de dois fatores

Mesmo as melhores senhas têm limites. A autenticação multifator adiciona outra camada de proteção além do seu nome de usuário e senha. 

A autenticação de dois fatores tornou-se um padrão para gerenciar o acesso aos recursos organizacionais. Além das credenciais tradicionais, como nome de usuário e senha, os usuários precisam confirmar sua identidade com um código único enviado ao dispositivo móvel ou usando um token USB personalizado.  

A ideia é que, com a autenticação de dois fatores (ou multifatores), apenas adivinhar ou decifrar a senha não é suficiente para um invasor obter acesso. 

  1. Conscientize a equipe para uma gestão de senhas eficaz 

O sucesso de todas as boas práticas acima depende desta medida crucial: o treinamento e a conscientização dos funcionários acerca da sua importância.  

Esse trabalho, vale destacar, pode ser realizado tanto coletiva quanto individualmente, com o apoio de webinars, workshops ou palestras. O treinamento deve contemplar todos os riscos de cibersegurança envolvidos no uso de senhas e na relevância dos cuidados diários para manter a proteção das informações.  

De forma didática, compartilhe todos os pontos da política de senhas da empresa com o time, enfatizando o papel da colaboração de todos para a criação de um ambiente corporativo seguro.  

Conclusão  

As falhas humanas e os deslizes de funcionários ainda são responsáveis por uma parcela impressionante dos riscos de cibersegurança e da ação criminosa nos negócios. Nesse cenário, a gestão de senhas se insere como uma etapa crucial a ser observada de perto pelos gestores – e deve incluir a política de segurança da informação global da organização.  

E aí, gostou das nossas dicas? Esperamos que este conteúdo seja útil para implementar melhorias nas ações de proteção de dados da sua empresa. Até a próxima!  

Nosso objetivo é proporcionar a solução mais eficaz para as demandas de nossos clientes, garantindo o uso das melhores tecnologias para a conquista de resultados expressivos e sustentáveis.

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