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Teste de backup: o que é, importância e como executar

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Imagine o seguinte cenário: infelizmente, sua empresa foi alvo de um ciberataque e sofreu perda completa de dados. Informações financeiras, arquivos de clientes, sistemas essenciais para os processos de trabalho… tudo foi roubado ou corrompido pelos hackers. Nessa situação, se seu negócio se dedica a rotinas eficazes de backup, basta recuperar os dados. Para executar a restauração com sucesso, porém, um cuidado é indispensável: o teste de backup.

Afinal de contas, antes de tudo, é preciso garantir que as cópias de segurança estejam funcionando, certo?  

De maneira geral, os testes na área são focados em 5 pontos importantes: o conteúdo a ser testado, a frequência desses testes, o sucesso dos backups, a eficácia da recuperação e a consistência do procedimento. 

Vale destacar, nesse sentido, que a ação cibercriminosa não é o único risco associado à necessidade do backup. Exclusão acidental de documentos, falhas humanas e até mesmo desastres naturais devem ser considerados quando o assunto é manter a proteção adequada.

A seguir, esclareça suas dúvidas sobre essa etapa tão crucial para a segurança das organizações! 

Teste de backup: o que é e como funciona na prática?  

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Créditos: senivpetro

Com o objetivo de garantir a continuidade das operações mesmo diante de eventos adversos, o processo de backup é realizado em 3 passos-chave: a criação das cópias de segurança, o armazenamento das mesmas e a restauração dos dados sempre que necessário. 

A etapa de restauração, como se pode imaginar, é a mais crítica. De certa forma, é ela que coloca todo o processo em jogo – isso porque  assegura que as cópias sejam recuperadas, sem maiores problemas, sempre que a organização precisar.

Por esse motivo, a verificação de restore (recuperação) é um dos principais focos do teste de backup, que nada mais é do que um processo periódico para verificar a eficácia da criação, do armazenamento e da restauração das cópias de segurança.

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Segurança garantida: por que testar o backup é tão indispensável? 

Vamos começar com uma verdade dura: os backups corporativos que não são testados podem ser completamente inúteis! De fato, não é incomum que os negócios, no momento da necessidade da recuperação, se deparem com falhas imprevistas e grandes problemas que dificultam um restore bem-sucedido. 

Não por acaso, a gestão e o monitoramento de todo o processo é tão imprescindível. Não basta programar rotinas automáticas e esquecer de todo o resto. Planejamento, expertise e foco nas demandas específicas da empresa devem entrar em cena, testando o nível de eficácia conforme as exigências dos processos de trabalho. 

O objetivo, aqui, deve ser realizar o teste de backup na frequência adequada para identificar possíveis erros e remediá-los a tempo, além de detectar pontos de melhoria na operação. Desde a criação das cópias à definição do tempo ideal de restore, a testagem não apenas é essencial para as ações de disaster recovery (recuperação de desastres), como também permite investigar e corrigir vulnerabilidades importantes. 

Teste de backup: 5 dicas para uma execução de sucesso 

1. Planeje todo o processo 

Assim como os próprios procedimentos de backup, os testes também demandam estratégia e uma boa dose de planejamento. Para saber o que será mensurado, afinal, é preciso determinar os parâmetros da empresa. Com muita atenção, a equipe deverá definir aquilo que idealmente será alcançado com a realização das cópias de segurança. 

Nessa perspectiva, existem critérios-chave nos quais você deve ficar de olho, incluindo: 

  • os custos de indisponibilidade para a organização, caso os processos de trabalho sejam interrompidos;
  • o tempo de restore, que consiste no período necessário para que o backup seja restaurado e a base de dados volte a estar disponível;
  • o RTO (tempo de tolerância máximo para que as aplicações voltem à atividade após falhas e paralisações) e o RPO (o limite de dados que a empresa toleraria perder em caso de incidentes); 
  • a definição da responsabilidade sobre o processo de testagem, ou seja, decidir se a etapa será realizada internamente ou via parceiros especializados. Neste ponto, é importante verificar se a equipe conta com  disponibilidade e a expertise para executar a tarefa da maneira adequada.

2. Defina a frequência adequada para os testes 

Sabemos que a frequência ideal para a realização dos testes de backups é uma das dúvidas mais comuns nas empresas – mas não existe uma resposta certa! 

Na prática, a periodicidade do processo vai depender do nível de criticidade (ou relevância) dos dados, aplicações e sistemas corporativos. Dessa forma, com base na prioridade de cada informação para as operações de trabalho, será possível definir um cronograma confiável de testagem. 

Vale acrescentar que os bancos de dados que são pouco atualizados no dia a dia podem passar por testes mais esporádicos (uma vez ao ano, por exemplo). Por sua vez, os backups de sistemas e informações mais estratégicos e sensíveis para o negócio devem ser testados com maior frequência (trimestral ou mesmo mensalmente). 

3. Elenque os backups que serão submetidos ao processo 

Sim, o ideal seria que todos os backups do negócio fossem testados regularmente. A realidade, no entanto, é que nem sempre isso é possível na prática – na maior parte das vezes, abranger todos os dados nos testes é uma tarefa acima da disponibilidade de tempo e outros recursos. 

Com isso em mente, a principal recomendação é priorizar os backups mais importantes para a continuidade das rotinas de trabalho, além daqueles que se destacam por seu nível de confidencialidade (a exemplo das informações pessoais, estratégicas e financeiras). 

Na jornada de definição, alguns fatores devem ser analisados: 

  • os dados que exigem um tempo de recuperação mais curto provavelmente precisarão ser testados, considerando seu nível de relevância; 
  • existem sistemas e aplicações que dependem de outros dados para funcionar. Considere essa relação de atividades no momento de elencar os backups. Se um determinado arquivo é crítico para o negócio, as informações e sistemas associados a ele também são! 

4. Estabeleça as abordagens de teste

Em se tratando do teste de backup, a ideia central será sempre legitimar a integridade das informações criadas, armazenadas e restauradas ao longo do procedimento. 

No entanto, não há uma estratégia única para se chegar a esse objetivo. A depender dos recursos disponíveis e das necessidades da empresa, diferentes abordagens podem ser adotadas. Entre elas, dois métodos se destacam: o teste de restore e o teste da funcionalidade do sistema de backup. Veja:  

  • Teste de restore ou recuperação: sem dúvidas, é uma das abordagens mais aplicadas e importantes. Diretamente relacionado ao plano de disaster recovery, o teste de restore simula contextos de restauração (ou seja, incidentes nos quais as cópias de segurança se fazem necessárias). Aqui, a equipe “imita” cenários de desastres, verificando se as informações podem ser recuperadas da forma adequada. É possível, ainda, simular uma restauração completa do ambiente empresarial. 
  • Teste da funcionalidade do sistema de backup: a meta principal, nesse caso, é checar o funcionamento do próprio produto de execução dos backups. Isso inclui verificar se a solução está iniciando corretamente, checar a interação do sistema com usuários/outras aplicações e investigar a eficácia dos recursos de automação, que permitem programar as rotinas de backup na frequência desejada. 

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5. Não se esqueça de incluir os testes operacionais

É fundamental não negligenciar a parte operacional. Aqui, a pergunta é: os dados e sistemas recuperados no teste de backup realmente funcionam na prática? 

Em outras palavras, é importante associar as aplicações restauradas aos próprios usuários que farão uso das mesmas. Para tanto, inclua uma etapa de validação com a equipe, contando com os profissionais que terão contato direto com o conteúdo do backup em caso de desastres. Se as rotinas não funcionarem normalmente e/ou apresentarem falhas, ainda há trabalho a ser feito! 

Conclusão 

Simples assim: o backup eficiente é aquele que é testado com regularidade. Toda medida de segurança de longo prazo – garantindo uma postura proativa da TI diante dos riscos – exige aprimoramento contínuo, o que inclui a detecção e a correção de vulnerabilidades. 

Não se trata, desse modo, de um “processo que termina”. Tal como as movimentações da própria empresa, as ações de proteção devem evoluir para acompanhar as mudanças e ameaças que se apresentam. 

Esperamos que tenha gostado das nossas dicas sobre teste de backup! Para obter o apoio necessário ao longo de toda a jornada de gestão, monitoramento e testagem do procedimento, conte com os especialistas da Microservice. Investir na segurança dos dados corporativos é investir na estabilidade e no crescimento do negócio! 

Nosso objetivo é proporcionar a solução mais eficaz para as demandas de nossos clientes, garantindo o uso das melhores tecnologias para a conquista de resultados expressivos e sustentáveis.

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