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Não há dúvidas: quando o assunto é a segurança da informação nas empresas, assumir uma postura proativa na TI é o caminho. Muito mais eficaz (e econômico) do que remediar desastres e minimizar os danos, investir na prevenção estratégica é o que define a capacidade de uma empresa de manter a fluidez das suas atividades em cenários desafiadores. Nesse ponto, entra em cena um processo preventivo crucial: o backup corporativo.
Ao realizar e armazenar cópias de segurança dos dados necessários para as rotinas de trabalho, o backup exige atenção, planejamento e monitoramento contínuos para entregar a proteção adequada.
Mas afinal, como incrementar e garantir a eficiência do processo? Para te ajudar, listamos 10 dicas valiosas a seguir. Vamos lá?
Proteção garantida: 10 dicas para melhorar o backup corporativo no seu negócio
1. Mantenha a consistência e a previsibilidade
Como qualquer outro processo da empresa, o backup corporativo exige a aplicação de rotinas consistentes para resultados bem-sucedidos, além de testes frequentes baseados em regras padronizadas. Com essa clareza, é possível assegurar a eficácia da tarefa caso ocorram incidentes de segurança, minimizando bastante a dor de cabeça se houver a necessidade de recuperação.
A partir daí, a dica é manter processos documentados que podem ser replicados com facilidade. Esse cuidado reduz o tempo de resposta, os custos com suporte e, em última análise, o tempo de inatividade ou paralisação em situações de falha.
Aqui, vale resgatar a regra 3-2-1 do backup, uma abordagem interessante para os negócios: mantenha ao menos 3 cópias dos dados, armazene as cópias em pelo menos 2 tipos de mídia e deixe uma das cópias armazenada em um local/servidor remoto.
2. Elabore uma Política de Backup
Por falar em consistência e padronização, aqui vai uma dica básica (mas que ainda é negligenciada por muitas empresas): documentar todas as etapas do procedimento, esclarecendo as regras e orientações para cada tipo de dado e aplicação, faz toda a diferença. Para organizar o conteúdo, o guia é a Política de Backup.
Se seu negócio já conta com o documento, a dica é revisar e verificar o que pode ser melhorado, corrigido e renovado.
Para recapitular o conceito, a Política é um conjunto de diretrizes relativas ao armazenamento de dados na organização, envolvendo todo o ciclo de gerenciamento das informações.
Entre os pontos abordados no documento, estão:
- os dados que precisam ser copiados e armazenados, em nível de importância;
- a frequência do backup corporativo;
- tecnologias e ferramentas utilizadas;
- tipo de backup empregado (diferencial, incremental ou completo);
- métricas de acompanhamento;
- definição dos responsáveis.
👉 Saiba Mais: Política de backup: o que é e como fazer?
3. Elenque os dados corporativos por prioridade
Ter clareza acerca dos dados e aplicações mais críticos e estratégicos para o negócio é primordial – e essa definição deve constar na Política de Backup. A partir de uma classificação por prioridade, é possível definir a ordem de recuperação, com foco nos documentos e serviços mais utilizados e relevantes.
4. Vantagens da cloud: aposte no backup em nuvem
Uma solução completa de backup corporativo deve abranger bancos de dados e aplicações, armazenando as informações em ambientes de alta disponibilidade. Automatização de processos, redução de riscos e padronização das rotinas (centralizando os dados em um local de fácil acesso) são outros requisitos importantes.
Nesse sentido, o backup em nuvem vai ao encontro de todas essas demandas, sendo um componente indispensável de uma estratégia de cópias de segurança nos dias atuais.
Aliando acessibilidade e mobilidade (os dados permanecem disponíveis a qualquer momento e de qualquer lugar, bastando ter conexão à internet), escalabilidade e modelo de pagamento por demanda (os custos são calculados com base no espaço e nos recursos utilizados), a cloud garante alta proteção e automatização das rotinas de backup.
5. Esclareça as métricas de RTO e RPO
Altamente estratégicas para o backup corporativo, os parâmetros de RTO e RPO permitem minimizar as perdas em caso de desastres, considerando as demandas específicas de cada empresa. Dessa forma, é possível evitar atrasos e executar a recuperação com mais precisão e agilidade. Veja:
- RTO (Recovery Time Objective): define o tempo máximo tolerado para que um sistema ou aplicação retorne à operação após uma pane ou paralisação. Em outras palavras, quanto tempo um determinado sistema pode ficar fora do ar sem prejudicar significativamente a empresa?
- RPO (Recovery Point Objective): calcula o ponto de recuperação adequado, ou seja, a quantidade limite de dados que o negócio toleraria perder em caso de falhas ou paralisação.
Confira também as dicas acima explicadas:
6. Teste as velocidades de recuperação
A resiliência dos negócios está diretamente associada a esta questão: em qual velocidade é possível acessar as informações armazenadas?
Essa capacidade, de fato, é definitiva para continuar a oferecer os serviços essenciais diante de um desastre ou incidente de segurança. Na prática, deve-se conseguir acessar as informações (ou recuperá-las) no menor tempo possível. Isso significa que a velocidade de recuperação deve se manter alta o bastante para que os processos-chave permaneçam estáveis em circunstâncias adversas.
7. Sempre que possível, remova os arquivos duplicados
À medida em que novos documentos são criados nas empresas, o backup (e, em consequência, o espaço gasto) também aumenta. Para otimizar a capacidade de armazenamento, é importante monitorar a ocorrência de backups duplicados.
Isso envolve o uso de soluções de duplicação de dados, que removem as cópias obsoletas de arquivos (realizadas quando não houve alterações nos documentos, por exemplo) e mantêm somente as necessárias.
8. Utilize criptografia
Fundamental para o backup corporativo, a criptografia é uma barreira de proteção adicional aos dados, atuando como uma etapa dificultadora ao acesso hacker.
Esta, aliás, é a principal vantagem da tecnologia: ainda que os cibercriminosos consigam invadir a rede e acessar as informações, elas não poderão ser utilizadas para fins maliciosos, uma vez que estarão protegidas por chaves criptográficas.
Vale mencionar que a ferramenta é uma grande aliada das estratégias de cloud backup.
9. Realize auditorias periódicas do backup corporativo
Para dizer sem rodeios: sem avaliações e testes periódicos, o backup pode se tornar até mesmo inútil. De nada adianta criar diversas cópias de segurança em diferentes locais de armazenamento, automatizar as rotinas e deixar o processo de lado.
E se, no momento da recuperação, as informações estiverem desatualizadas, corrompidas ou simplesmente não funcionais?
Para garantir o sucesso e manter a tranquilidade em relação ao procedimento, realizar auditorias periódicas é essencial. Na ocasião, deve-se avaliar a eficácia de todos os pontos contemplados na rotina, examinando questões como:
- confiabilidade do processo de recuperação/restauração;
- segurança do armazenamento;
- detecção e correção de possíveis falhas;
- análise das evidências de periodicidade, garantindo que os backups são realizados na periodicidade desejada.
10. Conte com parceiros especializados
Com base em tudo o que conferimos neste artigo, não resta dúvidas: os procedimentos de backup não devem ser realizados apenas por recomendação ou obrigação. Um processo sólido e bem-sucedido exige gestão, monitoramento, estratégia e expertise.
Em meio às rotinas de trabalho e as prioridades relacionadas ao core business, é comum que as empresas não contem com a disponibilidade, a infraestrutura ou mesmo o nível de especialização necessários para guiar o backup corporativo.
Nesse cenário, terceirizar a tarefa, confiando-a a parceiros especializados, é a opção de cada vez mais negócios. Além de garantir a eficácia das cópias de segurança, as empresas podem focar seu tempo e seus esforços em tarefas estratégicas para o crescimento corporativo.
Quais são os tipos de backup corporativo?
Para atender às necessidades e demandas de diferentes empresas, o processo pode ser realizado de duas maneiras: fisicamente na empresa ou backup em nuvem. Nesse contexto, podemos elencar quatro tipos de backups: backup interno, backup híbrido, backup como serviço e site backup. Saiba mais sobre eles:
Backup interno
No backup interno, um software de backup copia os dados do servidor e os transfere para outro servidor localizado na empresa. Esse tipo de backup é considerado pouco efetivo, uma vez que os dados são armazenados dentro da mesma infraestrutura física que a original.
Sua efetividade é bastante baixa, o que aumenta os riscos em casos de ataques cibernéticos. O ideal é evitar o backup interno e apostar em um tipo mais efetivo.
Backup híbrido
O backup híbrido é caracterizado por ser uma combinação do backup interno e externo. Nesse caso, o software de backup coleta os dados que foram copiados para um servidor físico e os armazena na nuvem.
O backup híbrido também é chamado de “gerência própria”, uma vez que a gestão de todo o processo é feita internamente na empresa. Esse tipo de backup é uma boa opção para organizações que ainda estão em processo de transformação digital, mas deve ser otimizado, conforme o amadurecimento digital da empresa.
Backup como serviço
O backup como serviço, também conhecido como Backup as a Service ou BaaS, é realizado entre o servidor original da empresa e um espaço virtual em cloud. Ou seja, é um tipo de backup na nuvem.
É considerado um dos mais eficazes e garante uma série de benefícios, como redução de custos, agilidade e maior segurança. O termo “como serviço” se deve ao fato de que a empresa, geralmente, contrata um provedor externo de backup, sendo esse responsável pelo gerenciamento dos dados.
Site backup
É uma infraestrutura de TI secundária da empresa e o armazenamento de dados é feito externamente. Em caso de falhas, perdas ou ataques cibernéticos, as rotas de backup são direcionadas a essa segunda estrutura.
Como ela funciona de forma instantânea e é atualizada em tempo real, todos os dados são preservados e as operações da organização podem continuar com segurança e agilidade. É possível realizar um site backup em cloud, garantindo todas as vantagens do backup em nuvem.
Conclusão
Muito mais do que um “procedimento formal”, o backup corporativo deve ser encarado como um pilar definitivo para a sobrevivência do negócio diante das falhas de segurança e situações inesperadas.
Acima de tudo, é importante que os gestores não percam de vista o planejamento para tais possíveis desastres, considerando as necessidades específicas da empresa e o nível de criticidade das suas informações.
Gostou do conteúdo? Esperamos que as dicas sejam úteis para implementar melhorias práticas no seu backup corporativo. Conte conosco nessa jornada e fique de olho nas novidades do blog.