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Embora seja uma das tecnologias de proteção mais básicas e importantes nas empresas, o firewall e sua ação ainda geram dúvidas em muitos gestores e demais profissionais. Também conhecido por ser a “primeira linha de defesa” dos dispositivos, o recurso trabalha para impedir que invasores mal-intencionados acessem a rede privada e os dados sigilosos dos negócios.
Para desvendar o papel do firewall na segurança da informação – assim como seus tipos, utilização prática e benefícios – abordamos os principais pontos sobre o tema neste artigo. Acompanhe a leitura e fique por dentro do assunto!
Para além do antivírus: o que é firewall?
Firewall é um sistema de segurança de rede que controla e monitora todo o tráfego de entrada e de saída de informações, baseando-se em parâmetros pré-definidos de proteção.
Parece complicado? Explicamos: na prática, o firewall é uma ferramenta em software ou hardware que faz o “filtro” dos dados que chegam na rede (empresarial ou doméstica), protegendo-a contra ações maliciosas.
Nesse sentido, se o recurso identificar algum dado como perigoso ou suspeito, ele fará o bloqueio automático desse dado, impedindo seu acesso. Por isso, ele é um grande aliado para promover a segurança da informação.
Para atender a importância do papel do firewall, o raciocínio é simples – basta pensar que o uso da internet torna a rede corporativa completamente vulnerável a toda sorte de informações e ciberataques, que podem atingir os ativos da empresa com facilidade se não houver uma barreira de proteção.
Com esse objetivo, a tecnologia entra em cena: vale lembrar que a própria palavra “firewall” (ou “parede de fogo”, na tradução) remete às portas anti-incêndio que evitam que as chamas se alastrem. Neste caso, o que se impede é a atividade cibercriminosa através de uma barreira de proteção, limitando os danos antes que eles ocorram.
Curiosidade: o firewall foi criado na década de 80 para implementar restrições de acesso entre redes na Internet, que começava a ser utilizada em redes domésticas (antes, a web era limitada ao uso militar e acadêmico).
Como o recurso funciona na prática?
Como mencionamos, o firewall age como uma barreira entre as redes, analisando se as mesmas são confiáveis ou não, com destaque para a navegação na Internet.
Ao controlar e “autorizar” quais informações podem entrar na sua rede privada, a tecnologia isola os computadores da web, inspecionando os pacotes de dados à medida em que eles chegam ao outro lado da barreira de proteção.
Atenção: um pacote de dados é uma parcela pequena de informações que transita entre uma origem e um destino ao longo da Internet.
Essa análise, vale lembrar, é chamada de “filtragem de pacotes”, que nada mais é do que um estudo dos dados que trafegam pela rede. Para decidir se a rede corporativa vai recebê-los ou bloqueá-los, o firewall examina o conteúdo previamente.
É importante acrescentar que essa análise é baseada em um conjunto de regras e instruções de segurança pré-estabelecidas, que filtram cuidadosamente o tráfego para impedir a entrada de programas maliciosos e a ação hacker.
Entenda os principais tipos de firewall
Existem diferentes tipos de firewall que podem ser implementados em sua empresa. Conhecer suas necessidades e as diferenças entre eles é o melhor caminho para acertar na escolha. Saiba mais sobre os principais tipos:
Firewall Proxy (de aplicação)
Altamente seguro, esse tipo de firewall “mascara” o endereço de IP dos usuários e filtra os dados recebidos, protegendo os recursos no meio online.
Uma grande vantagem do modelo é que os dispositivos fora da rede corporativa nunca são diretamente conectados à mesma, o que faz com que coletem somente informações específicas da empresa. Trata-se da melhor escolha para a proteção no uso da internet, proporcionando o anonimato para quem acessa a web e melhorando a performance da rede.
Firewall de inspeção de estado
Ao verificar, de ponta a ponta o tráfego de dados, essa tecnologia monitora a atividade desde o momento em que a conexão inicia até o seu final. O estado, o protocolo e outros aspectos dos pacotes de dados são inspecionados para evitar o fluxo não autorizado de informações antes que as mesmas sejam enviadas ou recebidas, o que garante um alto nível de segurança.
Firewall de nova geração
Os firewalls de nova geração (next-generation) aliam tecnologias tradicionais da ferramenta e outras funcionalidades extras, a exemplo de sistemas de prevenção de invasões, análise de tráfego criptografado, antivírus e inteligência contra ameaças baseada na nuvem.
Com isso, é possível bloquear ciberameaças modernas e ataques de múltiplas camadas, detectando-os com agilidade e mitigando os impactos.
Firewall com foco em ameaças
Bastante completo, esse modelo conta com todos os recursos dos firewalls de próxima geração e ainda fornece uma tecnologia avançada para detectar e intermediar ameaças cibernéticas, trazendo uma identificação ainda mais rápida e assertiva de atividades suspeitas.
Caso um ataque de fato ocorra, esses firewalls reagem rapidamente ao mesmo, agilizando o tempo de resposta para reduzir os danos.
Leia também: Ataque hacker: o que fazer? Orientações para empresas
Principais recursos obrigatórios de um firewall
Gerenciamento de segurança unificado: devido à grande variedade de sistemas diferentes nas redes modernas, os firewalls devem oferecer um gerenciamento eficiente e intuitivo de segurança em toda a rede corporativa. Isso permite proteger efetivamente os mais diversos sistemas da empresa.
Prevenção de ameaças: conter uma variedade de recursos de prevenção de ameaças, incluindo proteções antiphishing, antivírus e antibot é essencial. Por meio dessas funcionalidades, o firewall identifica e bloqueia corretamente possíveis ataques antes que eles representem uma ameaça à rede da organização.
Suporte à nuvem híbrida: para proteger a infraestrutura de nuvem pública a privada, é preciso observar se o firewall possui capacidade de usar cargas de trabalho dinâmicas e modelos de consumo flexíveis para fornecer segurança escalável e econômica.
Desempenho escalável: refere-se à capacidade de uma arquitetura de escalar para atender ao aumento da demanda. Isso inclui a capacidade de provisionar e adicionar facilmente mais recursos para construir um sistema distribuído robusto e escalável.
A importância para a segurança da informação
De maneira geral, um bom firewall cumpre as seguintes funções:
- valida os acessos;
- atua como um intermediário entre os dados recebidos e enviados;
- defende os recursos;
- gerencia e monitora o tráfego da rede;
- registra e reporta incidentes.
Nessa perspectiva, contar com essa tecnologia traz uma série de vantagens para as empresas, sobretudo em relação à segurança da informação. Dentre elas:
Proteção da rede local e do banco de dados
Não por acaso, os hackers estão sempre à procura de acessar as informações das empresas: a todo o momento, os negócios geram e armazenam dados valiosos e sensíveis sobre clientes/funcionários, finanças, estratégias e o próprio crescimento da organização.
Além de evitar graves sanções devido ao vazamento de dados, o firewall ajuda a eliminar as brechas de entrada de cibercriminosos na rede corporativa, controlando as permissões de acesso e a navegação online.
Verificação de conexões remotas
Com o modelo home office, é comum que os colaboradores acessem suas aplicações de trabalho de outras redes. Para aumentar a segurança desse tipo de conexão, o firewall pode ser acionado para restringir solicitações ao servidor de locais remotos e implementar soluções interessantes de acesso, como as redes privadas virtuais (VPN).
Prevenção contra malwares
Como conferimos, os firewalls mais modernos e robustos promovem uma proteção anti-malware sofisticada, evitando a infecção por programas maliciosos que podem causar graves problemas à segurança da informação. Nesse caso, além do monitoramento de tráfego na rede, a tecnologia identifica e bloqueia solicitações suspeitas, atuando para prevenir e conter os danos.
Controle de acesso às informações
Para aumentar a proteção, é importante criar uma hierarquia de permissões de acesso entre a equipe, bloqueando ou autorizando o acesso com base na criticidade dos dados empresariais. O firewall pode auxiliar na tarefa, criando um esquema de controle partindo de diferentes endereços IP.
Vale acrescentar, ainda, que a ferramenta tem atuação 24h, o que garante monitoramento ininterrupto do tráfego de dados e até melhorias na produtividade (já que o acesso a sites e conteúdos indesejados pode ser bloqueado). Tudo isso contribui para manter e preservar a segurança da informação nas organizações.
NAT e VPN: importantes aliados para a segurança da informação
Os firewalls também executam funções básicas de nível de rede, mas de grande importância, como NAT (Network Address Translation) e VPN (Virtual Private Network). A ferramenta traduz endereços IP internos de clientes ou servidores, que podem estar em um “intervalo de endereços privados”, para um endereço IP público.
A ocultação dos endereços dos dispositivos protegidos preserva o número limitado de endereços IPv4, sendo uma importante defesa contra o reconhecimento da rede por cibercriminosos, já que o endereço IP está oculto da Internet.
Da mesma forma, a VPN estende uma rede privada através de uma rede pública criptografada. Nesse caso, o conteúdo de todas as informações é protegido enquanto atravessa a Internet. Isso permite que os usuários enviem e recebam dados com segurança em redes compartilhadas ou públicas.
Conclusão
Diante de ameaças tão frequentes e do conteúdo altamente sensível da rede e do banco de dados empresariais, contar com uma gama variada de ferramentas de proteção é cada vez mais indispensável à segurança da informação.
Entre as tecnologias mais importantes para negócios, o firewall se destaca por ser uma primeira “linha de frente” na defesa contra o cibercrime, o vazamento de informações e as múltiplas vulnerabilidades presentes na conexão web.
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